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1ª Brigada de Operações Especiais - 1ª Bda Op Esp

Diante do novo cenário mundial, ameaçado pelo crescimento do terrorismo fundamentalista, e do novo cenário regional, ameaçado pelo crescimento da narcoguerrilha, particularmente as FARC, da Colômbia, o Governo Brasileiro decidiu-se pela criação da Brigada de Operações Especiais (Bda Op Esp). Em todo este contexto está a vontade do Brasil de tomar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, posição que exige tropas especializadas para a realização de missões de combate e ações humanitárias.

Com a Bda Op Esp o Exército Brasileiro irá dispor de meios mais versáteis e eficazes que lhe assegurem pronta resposta no manejo de crises e conflitos, mediante o emprego de destacamentos integrados por pequenos efetivos, especialmente motivados, adestrados e equipados. Esta força está em fase de implantação e quando integralmente ativada, a tropa será diretamente vinculada ao Comando Militar do Leste (CML).

Sua estrutura organizacional será a seguinte:

  • Base Administrativa

  • Centro de Instrução de Operações Especiais

  • Companhia de Defesa Química, Biológica e Nuclear

  • Destacamento de Operações Psicológicas

  • 1º Batalhão de Ações de Comandos (Pára-quedista)

  • 1º Batalhão de Forças Especiais (Pára-quedista)

  • 3ª Companhia de Forças Especiais (Pára-quedista) - sediada em Manaus

Para a sua criação, o Comando do Exército expediu portarias organizando o núcleo da Brigada (Nu Bda Op Esp), subordinado inicialmente à Brigada de Infantaria Pára-quedista. A maioria das suas organizações subordinadas será aquartelada na área do Camboatá (Zona Oeste do Rio de Janeiro), onde já se encontra o 1º BFEsp, cujo comandante exercerá, acumulativamente, na fase inicial, o comando do Nu Bda Op Esp e a gerência do projeto de implantação.

A Bda Op Esp foi ativada em janeiro de 2004 e tem 2 mil militares, capazes de ser deslocados para qualquer parte do território nacional em no máximo seis horas. O grupo, subordinado diretamente à Presidência da República, terá como base um complexo militar no bairro de Santa Genoveva, em Goiânia (GO).

A principio a Bda Op Esp foi programada para ser instalada no Rio de Janeiro, mas a unidade foi transferida para o Planalto Central por decisão do Comando do Exército, que levou em consideração o posicionamento estratégico da região. “Goiânia tem localização central. Portanto, a Brigada estará mais próxima a qualquer cenário de operação que puder surgir”, avaliou o Ministro da Defesa, na época, José Viegas Filho. Em Goiânia uma piscina especial para treinamento de mergulhadores será construída.

O aquartelamento da Bda Op Esp será em Goiânia e vai implicar no fim do 42º Batalhão de Infantaria Motorizada (BIMtz), localizado no Setor Santa Genoveva, e do 43º BIMtz, em Cristalina. Além disso, a 3ª Brigada de Infantaria Motorizada será transferida de Goiânia para Cristalina. Um grupamento de 300 militares vindos de Cambuatá (RJ) vai se juntar à uma parte do efetivo da 3ª Brigada em Goiás, cujo comando mudará para Cristalina e vai assumir grande parte do efetivo do 42º BIMtz. Já o efetivo do 43º Batalhão será parcialmente absorvido em Cristalina – a outra parte será remanejada para outras unidades do Exército em outros estados.

A escolha de Goiânia para abrigar essa equipe de elite teve razões estratégicas. A seleção da capital goiana foi baseada no interesse de descentralizar as tropas do Rio de Janeiro, na posição geográfica central do Estado, na infra-estrutura já instalada, na redução de custos para instalação da Brigada, na necessidade de garantir segurança para Brasília, e na proximidade com a Base Aérea de Anápolis e o Aeroporto Santa Genoveva – ele não terá área militarizada, mas vai abrigar uma área especial para aviões mais pesados.

Além dos 500 homens do 1º Batalhão de Forças Especiais, serão transferidos para Goiânia 45 militares do Pelotão de Defesa Química, Biológica e Nuclear, também do Rio. Serão criados o Batalhão de Ação de Comandos, o Destacamento de Operações Psicológicas, o Destacamento de Apoio às Operações Especiais e um Pelotão de Polícia do Exército.

Os voluntários para servirem na Bda Op Esp serão selecionados em primeiro lugar, por sua capacidade física. Depois, partem para um treinamento, no qual é muito exigida a parte psicológica. O voluntário deve ter múltiplas habilidades - saber saltar de pára-quedas, mergulhar, atirar com vários tipos de armamento e se comunicar com diferentes tipos de rádios.

O grosso do efetivo será formado por oficiais de alta qualificação, aproveitados do Rio de Janeiro e do pessoas da Força Aérea, e podem ser concebidas para apoiar e/ou complementar uma campanha aeroestratégica. Os Destacamentos de Ações de Comandos são armas letais e precisas.

A Bda Op Esp será o braço principal da Força de Ação Rápida que é completada pelas seguintes unidades:Brigada de Infantaria Pára-quedista ; 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) e pelos Esquadrões de Aviação do Exército. A Força de Ação Rápida trata-se de um grupamento com raio de ação nacional, capaz de agir da Amazônia aos Pampas, no Sul, com utilização da máxima tecnologia disponível para garantir a rapidez de intervenções por meios aéreo, terrestre e pela água, e capaz ainda de fazer defesa química – geralmente necessária em ações terroristas.

À sua disposição, essa força de elite terá equipamentos sofisticados como computadores portáteis, óculos com visão noturna, mochila com equipamentos para ação na selva e outros itens não convencionais em ações militares. A Bda Op Esp também irá realizar operações conjuntas com outras unidades do Exército Brasileiro e também da Marinha e da Força Aérea.


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