Grenshutzgruppe 9 - GSG 9
Até 1972 o governo de Bonn tinha sérias restrições a criação de uma unidade policial contra-terrorista com jurisdição nacional. As lembranças das SS nazistas, a policia política de Hitler ainda estavam muito vivas na memória do povo alemão ocidental. Porém o Governo da Alemanha Ocidental foi duramente afetado pela tragédia de Munique. O fato de que eles tinham feito o melhor que puderam não era nenhuma consolação para os parentes dos reféns mortos e nem para a comunidade mundial.
O sistema de descentralizar o combate ao terror através das unidades policiais dos Estados da República Federal Alemã, marcantemente despreparadas, não mostrou bons resultados. As policias estaduais deveriam ser auxiliadas no aperfeiçoamento de seu treinamento e meios de combate ao terror, o que de fato foi feito através dos SEKs, mas Bonn acreditava que a Alemanha Ocidental necessitava de uma força com alcance nacional para proteger os interesses alemães contra a ameaça terrorista. Mas aonde encontrar a estrutura em que se basearia a nova força contra-terrorista (CT) da Alemanha Ocidental? Nas Policias Estaduais? Não!
A estrutura base foi encontrada na Bundesgrenzshutz - Policia Federal de Fronteira, uma força policial a nível federal da Alemanha Ocidental, que está subordinada ao Ministério de Interior. Na época uma força policial era melhor do que uma unidade militar, pois ninguém queria na Alemanha Ocidental da década de 1970 que soldados mascarados vestidos de preto surgissem do nada. Na cabeça do civil alemão o soldado existia para invadir e matar, enquanto o policial para proteger e guardar. Além do mais a policia alemã estava mais apta a se infiltrar e investigar os grupos dos que os militares da época, além de possuir ferramentas sofisticadas e métodos investigativos que eram desconhecidos do Exército alemão.
Além de que uma unidade contra-terrorista (CT) da polícia federal teria menos dificuldades burocráticas em lidar com forças policiais locais alemãs, visto que esta força especial estava a principio destinada a operar apenas dentro das fronteiras da Alemanha.
As autoridades alemãs ocidentais confiaram o comando da nova unidade ao Coronel Ulrich Wegeber, considerado um dos maiores especialistas alemães na luta antiterrorista. Com vasta experiência policial, o Coronel Ulrich Wegeber era a melhor indicação para comandar o GSG-9. Depois de ingressar na Polícia Federal de Frontera, em 1958, o treinamento com o FBI e com o serviço secreto de Israel fez dele um perito em operações contra-terroristas (CT). Seu envolvimento atingia tal ponto, que chegaram a circular boatos de que teria tomado parte na operação israelense para resgate de reféns no aeroporto de Entebbe (Uganda), em 1976.
O Corenel Wegeber começou a arregimentar homens no final de 1972. No início de 1973 após duro treinamento, eles estavam prontos, para a ação. Nesse ano adotaram como símbolo a boina verde com a águia dourada. A experiência de Wegeber havia lhe ensinado que o êxito de qualquer força contra-terrorista (CT) depende da formação de pequenos grupos flexíveis, bem preparados e entrosados, que podem agir com infinita delicadeza, e quando necessário com extrema ferocidade. Na visão de Wegeber o GSG-9 precisaria contar com os melhores homens, meios e armas, além de uma perfeita organização, que contasse com o apoio do governo federal para se constituir em uma perfeita resposta ao terrorismo. Assim os alemães ocidentais criaram, sob o comando de Coronel Ulrich Wegeber, a sua primeira unidade anti-terror, formada oficialmente em abril de 1973 e nomeadaGrenshutzgruppe 9 - GSG-9 (Grupo de Defesa de Fronteira 9). De início, o GSG-9 tinha 188 homens. O GSG-9 ficou mundialmente famoso com o resgate de um avião da Lufthansa em Mogadíscio, em outubro de 1977 - Operação Fogo Mágico. Depois de 1977, o efetivo elevou-se para 219. O impacto de suas ações é sustentado por três ou quatro unidades de choque, cada uma reunindo de trinta a 42 homens.
Após o sucesso em Mogadiscio o GSG-9 teve grande evidência e Wegeber tornou-se uma celebridade nacional. Em 1979 foi promovido a Brigadeiro e assumiu o controle geral da policia de fronteira da Alemanha. Porém muito tempo depois, continuou a formular as grandes decisões relativas à atuação do GSG-9.
SELEÇÃO E TREINAMENTO
Seleção para o GSG-9 é muito dura. A unidade sempre está procurando por um operador com a aptidão mental e física excepcional. Todos os recrutas devem ser voluntários e serem originário da Bundesgrezchutz - BGS (Polícia Federal de Fronteira). Esses policiais são de carreira e tiveram treinamento apropriado para facilitar a seleção do GSG-9. Se o candidato é do Exército alemão (Bundeswehr), ele tem que entrar primeiro na Polícia Federal de Fronteira e depois se candidatar ao GSG-9. Este é uma decisão delicada, pois envolve a carreira militar do candidato e ele não tem nenhuma garantia que será aceito no GSG-9.
A principio os candidatos são submetidos a exames médicos que eliminam os inaptos fisicamente. Os que passam pelos exames médicos devem correr 5.000m em 23 minutos, 100m em 13.4 segundos e saltar 2.4m pelo menos. Outros testes físicos são seguidos de uma sessão de tiros, onde o candidato deve demonstrar precisão razoável com as submetralhadoras H&K MP-5 SMG e as pistolas P6 (SIG 226) de 9mm.
Todos os candidatos são entrevistados por uma equipe de psiquiatras (na presença de oficiais da BGS) que testarão as capacidades mentais, agilidade, reação, concentração e auto-controle de cada candidato, que determinaram se ele está apto a prosseguir na seleção. Ao fim desta análise dos psiquiatras, os que obtiveram a aprovação serão enviados para um entrevista com um comitê formado por oficiais graduados do GSG-9, que tentarão determinar a motivação do candidato em servir nesta unidade. Os aprovados iniciaram a dura fase de treinamento.
O curso de treinamento inicial dura 22 longas semanas, é intenso, e a maioria dos recrutas desiste ou é desligada. A pressão é muito grande, as provas exigem o máximo do controle psicológico dos recrutas, forma física e da capacidade de trabalhar em equipe. As primeiras 13 semanas são gastas na aprendizagem dos fundamentos do contra-terrorismo e das operações policiais, e questões legais, inclusive com trabalhos acadêmicos de alto nível, que normalmente não é encontrado em muitas forças contra-terrorismo (CT). Esta singularidade é atribuída pela questão de que o operador do GSG-9 é um policial e não um militar.
As 9 semanas restantes são dedicadas a trabalhar as habilidades do operador nas ações CT avançadas, como operações em prédios, navios, trens, etc.
Um enfoque especial é dado a proficiência nas armas de fogo, comunicações, lutas marciais, habilidades médicas, esqui, montanhismo, tiro de precisão (sniper), pára-quedismo (HALO, HAHO e linha estática), operações aquáticas (mergulho, SDV, barcos), táticas defensivas e ofensivas, rappell, CQB - Close Quarter Battle (Combate em Ambientes Fechados) e outros fundamentos essenciais. Como a pirataria aérea é uma preocupação constante, o treinamento abrange também noções do trabalho diário nos aeroportos, para que os homens possam se infiltrar no cenário de um seqüestro fazendo-se passar por empregados do aeroporto.
Os treinamentos muitas vezes acontecem em locais diferentes, para que os futuros operadores se acostumem a imprevistos e a variedade de ambientes em que podem ser acionados para operar. Os operadores do GSG-9 também aprendem a dirigir vários modelos de veículos em alta velocidade e aprendem direção ofensiva e defensiva. Cerca de 80% dos recrutas são reprovados.
Os que passam na seleção são considerados como parte de uma elite, e continuam treinando de forma intensa. Alguns formandos são enviados para enviados a ILRRPS - International Long Range Reconnaissance Patrol School, pertecente a OTAN e localizada em Weingarten, na própria Alemanha. Nesta escola eles aprendem a operar em florestas, técnicas avançadas de camuflagem, patrulhamento avançado, fuga e evasão e habilidades de sobrevivência.
O GSG-9 tem alguns dos melhores atiradores do mundo. Em média um operador dispara 2.500 tiros por semana. Os exercícios de tiro no GSG-9 concentram-se no emprego de armas de mão, fuzis de precisão e sub-metralhadoras. Têm a duração de três dias (em meio período) e uma noite por semana. Trata-se de familiarizar os homens não apenas com suas armas, mas também com as que vão encontrar nas mãos do inimigo. O fuzil de assalto soviético AK-47 e a pistola tchecoslovaca M61 Skorpion, conhecidas dos terroristas, recebem atenção especial.
Na base GSG-9, em St. Augustin há uma instalação subterrânea de nove milhões de dólares, onde estão instaladas "casas de matança", semelhantes as usadas pelo SAS e pela Força Delta. Essas instalações incluem maquetes de supostos alvos terroristas (aviões, prédios, trens, etc), utilizados no adestramento dos membros do GSG-9.
Por questões de segurança a identidade dos membros do GSG-9 é mantida em segredo com o objetivo de se evitar represálias terroristas contra eles ou seus familiares. Ao contrario do que acontece com outras unidades de forças especiais, não é exigido que o operador deixe o GSG-9 após o seu período de serviço. Ele pode ficar contato que atenda aos exigentes padrões da unidade. Isto é bom porque cria uma continuidade dentro da força e os operadores veteranos podem ajudar os recrutas em suas dificuldades.
ARMAS, EQUIPAMENTOS E TÁTICAS
No desempenho de suas missões, o GSG-9 dispõe das armas e equipamentos mais sofisticados do mundo. Como uma das pioneiras unidades contra-terrorista do mundo o GSG-9, é uma referência no uso de armas, equipamentos e táticas. Foi o GSG-9 que apresentou hoje a mundialmente famosa submetralhadora alemã Heckler & Koch MP-5, freqüentemente usada na versão M&P-5SD, equipada com silenciador, as unidades contra-terroristas de todo mundo. O GSG-9 usou a M&P-5A2 em sua operação de resgate na Somália em 1977 e os britânicos do 22º SAS usaram a mesma arma em 1980 na Operação Nimrod, o resgate da embaixada iraniana.
O GSG-9 também usa várias versões do rifle de assalto H&K G3. Os snipers do GSG-9 usam o excelente H&K PSG1.Porém é interessante observar que o tripé que vem com o PSG1 é raramente usado por causa de seu peso. Um saco de areia é o apoio preferido. As pistolas hoje adotados pelo GSG-9 são as Glocks, H&K P7 e P9 de 9mm e os revólveres Magnum .357. O GSG-9 já chegou a usar o Smith & Wesson .36 e o Chiefs Special .38 como um de seus revolveres, mas este último se mostrou uma decepção. Durante aOperação Fogo Mágico um operador do GSG-9 disparou as seis balas de seu Chiefs Special .38 em um terrorista, e ainda assim o terrorista conseguiu lançar duas granadas, que felizmente não explodiram pois eram de fabricação caseira. Ele finalmente foi morto por disparos de uma MP-5 de outro operador GSG-9.
O GSG-9 possui grande número de veículos especiais. Entre os mais interessantes estão os automóveis Mercedes ou BMWs blindadas de grande desempenho, ideais para perseguições e rápidos deslocamentos. Com velocidade máxima de cerca de 200 km/h, dispõem de sofisticados sistemas de comunicação e representam uma arma poderosa para a caça aos terroristas na moderna e ampla rede rodoviária alemã. O GSG-9 também dispões de furgões e motocicletas.
O GSG-9 tem acesso aos helicópteros do Bundesgrenzschutz-Flugdienst. Estes incluem o Eurocopter AS-332L1 Super Puma e o Eurocopter SA-330J Puma para transportes de tropas e vôos VIP; o SA-318C Alouette II, como Helicóptero Leve de Observação; e os Bell UH-1D Hueys e Bell 212 para o transporte de tropas de assalto.
Os atiradores de precisão (sniper) do GSG-9 também praticam a paralisação de veículos atirando no motor, tática que pode ser usada a partir de helicópteros, com o emprego da submetralhadora MP-5. Os SA-318C serão substituídos em breve pelo Eurocopter EC-135 e os UH-1D pelo Eurocopter EC-155.
Ambos os helicópteros novos serão providos com o Dyamler-Chrysler Hellas Aeroespacial (Radar Laser para Helicóptero) dispositivo que adverte o piloto sobre arames com a espessura de no mínimo 5mm.
O GSG-9 também foi um dos primeiros a usar uniformes de combate apropriados para operações contra-terroristas (CT), com seus operadores tendo os rostos cobertos por máscaras ou simplesmente camuflados. O GSG-9 normalmente usa trajes escuros (nomex cinza), máscaras de lâ e capacetes com cobertura camuflada. Estes últimos se tornaram a marca registrada da unidade nos anos 1980. Todos os operadores são providos de dois pares de uniformes de assalto - um para operações diurnas e o outro para operações noturnas.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Atualmente o GSG-9 está dividido em três grupos primários; GSG-9/1, GSG-9/2 e GSG-9/3. Estas unidades são especializadas de acordo com as respectivas tarefas: contra-terrorismo (CT), CT marítimo, e aerotransportado. Os dois primeiros têm aproximadamente 100 operadores cada, e o GSG-9/3 possui 50.
GSG-9/1: O seu principal enfoque está no terrorismo urbano típico, envolvendo aspectos de resgate de reféns, neutralização de objetivos ofensivos, proteção de localizações estratégicas, negociação de refém, segurança VIP, monitoramento e vigilância. Este grupo está apto a resgate em aviões e trens e também a realizar caçadas a fugitivos em áreas rurais e urbanas. Podem inclusive participar de operações fora da Alemanha.
GSG-9/2: Este grupo é responsável por operações que envolvam ambientes aquáticos, como por exemplo os campos de petróleo do Mar do Norte que são extremamente vulneráveis a ataques terroristas e o incessante trafego de navios (petroleiros, de cruzeiro, etc.) nos portos alemães. Este grupo passa muito tempo treinando em águas muito geladas. Participam especialmente de treinamento conjunto com os SEALs e o SBS.
GSG-9/3: Este grupo é responsável por missões que exijam infiltrações aéreas. Todos os seus membros são pára-quedistas qualificados. Eles normalmente usam helicópteros em seus deslocamentos, mas podem usar também aeronaves de asa fixa.
Unidade Técnica: Esta é uma unidade de suporte que prover métodos do acesso e da entrada nos alvo. Sua missão inclui também a pesquisa e testes dos equipamentos técnicos usados pelas demais unidade do GSG-9. A unidade técnica é formada por seção de comando e três SET técnicos.
Serviços Centrais: Esta unidade é a responsável pelo armamento do GSG-9. Sua tarefa é obter e testar novas armas, explosivos e o outros equipamentos táticos. Também dá manutenção e realiza reparos nas armas e sistemas existentes.
Unidade de Documentação: Esta unidade é a responsável pelas comunicações do GSG-9. sua tarefa é obter e testar sistemas de comunicações, como também dá manutenção e reparo nos sistemas atuais e de prover comunicações e vigilância sobre o (foto, escuta, vídeo e rádio) durante as operações.
Unidade de Treinamento: Esta unidade tem a tarefa de coordenar o recrutamento, seleção e treinamento dos candidatos. Também cria e mantém a grade curricular e manuais de conceitos táticos e operacionais. A unidade de treinamento é formada por seção de comando e quatro SET de instrução, formando por um instrutor e quatro operadores.
Pessoal de Operações: Esta é a unidade administrativa, responsável pela direção de todo o GSG-9. Funciona também como elo entre as demais unidades e outras organizações.
Para ter sucesso em operações contra-terroristas (CT), os integrantes do GSG-9 aprendem a trabalhar em equipe. A ponta-de-lança do GSGT-9 compõe-se de 4 unidades de choque. Cada unidade, divide-se numa seção de comando e seis SET, sigla derivada de Speziãleinsatztruppen (tropa especial de risco). A direção do GSG-9 considera os pequenos SET mais fáceis de comandar e controlar, dando melhor mobilidade e maior flexibilidade em combate. Seções de assalto partem para salvar reféns, enquanto peritos-atiradores utilizam armas de precisão para abater terroristas a distância. Cada SET consiste de um comandante e uma equipe de comando de quatro homens. Em cada equipe encontramos um especialista em demolição, comunicações, armas de fogo, sniper, etc.
Hoje o GSG-9, tem também a sua própria unidade de aviação, conhecida como Bundesgrenzschutz Grenzschutz-Fliegergruppe. Esta unidade tem a principal responsabilidade de transportar os operadores do GSG-9 o mais rápido possível ao local de operação. Para isso contam com helicópteros. Estão atualmente baseados em Hangelar, perto de Bonn onde eles compartilham uma instalação de tamanho médio com a Guarda Federal de Fronteira.
Se há uma razão para o GSG-9 ser considerada uma das principais unidades contrai-terroristas (CT) do mundo é o seu esforço consciente de sobre se aperfeiçoar. A unidade está sempre em constante treinamento e buscando através de pesquisas e intercâmbios, se aprimorar. O GSG-9 se compara as principais forças internacionais no combate ao terror como os britânicos (22º SAS e o SBS), os americanos (Força Delta e o DEVGRU) e o francês (GIGN).
Ulrich Wegeber, o renomado fundador do GSG-9, vislumbrou já na década de 1970, de que era necessário que as principais forças contra-terroristas (CT) do mundo se unissem no combate a este mal.
Por isso em 1977 o GSG-9 solicitou o obteve o apoio do 22º SAS. Com o passar do tempo o GSG-9 se tornou uma referencia mundial no combate ao terror, tendo ajudado a treinar dezenas de outras forças similares em vários paises do mundo, inclusive no Brasil, mas notadamente o COT do Departamento de Policia Federal.
HISTÓRICO DE COMBATE DO GSG-9
1977: Missão de resgate do Boeing 747 Charlie Echo, da Lufthansa, do vôo LH181, em Mogadiscio - Somália.
1978: Auxílio ao Escritório Federal da Proteção da Constituição para fazer um buraco numa parede da prisão com uma explosão, para permitir a fuga de um agente secreto infiltrado.
1982: Prisão de dose terroristas do RAF (Fracção do Exército Vermelho), Adelheit Schulz e Brigitte Mohnhaupt. Prisão de Christian Klar, cinco dias depois da ação contra os terroristas do RAF.
1993: Prisão do terrorista do RAF, Birgit Hogefeld na estação ferroviária de Bad Kleinen (Leste da Alemanha). Algumas pessoas acreditaram que o terrorista Wolfgang Grams foi executado durante a prisão por vingança por causa da morte de um policial. Mas a Procuradoria afirmou que ele cometeu suicídio. Grams era era filho de um ex-membro das Waffen-SS, e era suspeito de ter assassina do banqueiro Alfred Herrhausen em 1989 em um atentado a bomba.
Dois meses depois participação no fim do seqüestro em um vôo da KLM Royal Dutch Airlines para Düsseldorf. O sequestrador árabe foi detido fora do avião sem que houvesse tiroteio.
1994: Participação na libertação de um refém na Prisão de Kassel.
Envolvimento na procura dos seqüestradores de Albert e Polak.
1998: Prisão de um chantagista na estrada de ferro alemã Deutsche Bahn AG.
1999: Prisão de Metin Kaplan em Colônia.
Prisão de dois suspeitos de pertencerem a Roten Zellen, em Berlim.
Participação no fim do sequestro no banco central em Aachen.
2000: Aconselhamento de autoridades das Filipinas em situações de risco com reféns.
2001: Prisão de dois espiões em Heidelberg.
Auxílio na liberação de quatro turistas alemães no Egito.
Prisão de vários terroristas relacionados ao 11 de setembro de 2001.
Cerca de 30 membros do GSG-9 foram destacados para fazer escolta armada nos vôos das companhias aéreas alemãs. A equipe embarca munida com revólveres que disparam balas de borracha e armas de choque elétrico. Os policiais viajam normalmente em dupla na cobertura de cerca de 15 vôos diários. Antes da decolagem, o comandante da aeronave é informado da presença da escolta à bordo, sem, entretanto, receber maiores detalhes. Por medida de segurança, a tripulação não sabe quem são os policiais, quantos são e em que lugares estão sentados. O objetivo da missão, chamada de "Sky Marshals", é coibir possíveis atentados terroristas em aviões alemães.
2002: Prisão de vários terroristas relacionados ao 11 de setembro de 2001.
2003: Participação na investigação do desaparecimento de turistas ocidentais (15 alemães, um sueco residente na Alemanha, oito austríacos, quatro suíços e um holandês) no Saara na Argélia. No dia 13 de maio comandos argelinos (provavelmente com alguma ajuda do GSG-9 e do KSK) atacaram um reduto do Grupo Salafista pela Pregação e Combate (GSPC), uma organização fundamentalista islâmica que teria ligações com a rede terrorista Al-Qaeda e que tinha seqüestrado os reféns. 17 ocidentais foram libertados nesta operação e todos os terroristas mortos. Satélites espiões americanos ajudaram a localizar os terroristas. Os outros reféns foram libertados pelo GSPC em 18 de março de 2004.
Envio de equipes de proteção a especialistas alemães da organização estatal alemã Technisches Hilfswerk (THW), de apoio e assistência no caso de catástrofes, com a missão de orientar a reconstrução do abastecimento de água potável no Iraque.
Algumas missões do GSG-9 foram de proteção a grandes eventos como a Copa do Mundo de 1974 na Alemanha Ocidental, as Olimpíadas de Inverno em Innsbruck (Áustria), as Olimpíadas de Verão em Montreal (Canadá), ambas em 1976, provavelmente na Copa do Mundo de 1978, na Argentina. O GSG-9 também participa de missões de proteção de testemunhas e magistrados como nos julgamentos de terroristas em 1975 em Stammheim, Alemanha e 1976 em Estocolmo, Suécia. Os GSG-9 também participa da proteção de ministros e presidentes alemães, de autoridades estrangeiras, e eventualmente da proteção de embaixadas alemães, como em Estocolmo (Suécia), San Salvador (El Salvador) e Beirute (Líbano).
É importantes destacar que a maioria das missões do GSG-9 é confidencial, poucas chegam ao conhecimento público. Desde sua fundação segundo informações o GSG-9 participou de mais de 1.300 missões, contudo só houve disparos em 4 ocasiões (oficialmente): em 1977 em Mogadiscio e 1993 em Bad Kleinen, e em duas outras missões contra cachorros de pessoas que foram detidas.