U.S Marines Coprs - USMC
O Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos é a maior força especial do mundo. Com cerca de 190.000 homens, inclusive 9.300 mulheres e 40.000 reservas — está organizado em quatro divisões e quatro alas aéreas, 400 aviões de combate, 1.000 helicópteros (três regulares e uma de reserva em cada), numericamente maiores que suas contrapartidas em outros serviços, e dezenas de navios anfíbios, supera o total das forças armadas de muitos países. Com uma força de combate superior a todo o Exército britânico, e com a oitava força aérea do mundo, em tamanho, está sempre preparado para intervir em qualquer zona do globo, do Ártico aos Trópicos.
Desde que foi fundado por determinação do Congresso, em 10 de novembro de 1775, o U.S. Marines Corps tem participado de todas as guerras em que os Estados Unidos se envolveram, e batalhas como as de Belleau Wood, Guadalcanal, Iwo Jima, Chosin Reservoir e Khe Sanh garantiram-lhe fama e um lugar especial na história militar.
São três as suas principais funções: manter a capacidade anfíbia para atuação em conjunto com a frota, o que inclui a captura e a defesa de bases navais avançadas e a condução de operações de desembarque; prover destacamentos de segurança para as bases da Marinha e para seus principais navios de guerra; estar prontos para desincumbir-se de qualquer missão adicional designada pelo presidente.
Os Marines estão organizados em quatro divisões e quatro alas aéreas, bem maiores que o correspondente nas outras Armas e essa diferença é mais notória na Divisão, que tem 18.000 homens, cerca de 20% a mais que a de Exército.
Cada uma delas conta com três regimentos de infantaria, um de artilharia, um batalhão de carros de combate, um batalhão anfíbio blindado, um batalhão de assalto (blindados leves tipo LAV) e outras unidades de apoio.
Uma Ala Aérea MAW - Marines Air Wings tem 18 a 21 esquadrões de aviões combate/ataque, um esquadrão de Revo e transporte, esquadrões de helicópteros e esquadrões de apoio e reconhecimento.
Contudo, apesar das suas múltiplas missões, continua sendo, essencialmente, a maior e melhor força de assalto anfíbia do mundo.
Os membros do USMC alistam-se diretamente na corporação, sendo logo encaminhados para San Diego, na Califórnia, ou para Parris Island, na Carolina do Sul, onde passam por um duro período de treinamento "boot camp" de onze semanas. Todos se vangloriam dessa terrível experiência no final, mas poucos ousariam repeti-la. Apesar de seu grande porte, os Marines não têm sua própria academia de oficiais, admitindo egressos da Academia Naval de Annapolis e da Escola de Candidatos a Oficiais (OCS), que passam por um rigoroso curso de seleção em Quantico, antes de serem aceitos para um comissionamento. A característica principal da doutrina tática dos Fuzileiros é a ênfase no princípio da ação ofensiva, que se aplica a todas as atividades da corporação e seu equipamento reflete isto. A arma básica da infantaria é um fuzil M-16 aperfeiçoado e cada pelotão conta com uma M249 automática, de 5,56 mm. Utiliza morteiros de 81 mm e o obuseiro M198, de 155 mm. Sua aviação conta com aeronaves como o F/A-18 Hornet, AV-8B Harrier, KC-130 Hércules, helicópteros AH-1 Sea e Super Cobra, CH-53 Super Stallion, CH-46 Sea Knight e UH-60 Black Hawk. Seus blindados incluem o tanque M1 Abrams, M3 Bradley e veículos de assalto leve sobre rodas (LAV), baseado no Piranha da suíça Mowag.
ASSALTO VERTICAL
O conceito moderno das operações dos Marines desenvolveu-se nos anos 50. A velocidade é um fator essencial num assalto - anfíbio, e o U.S. Marines Corps desenvolveu uma técnica chamada envolvimento vertical, que utiliza helicópteros para evitar as fortificações inimigas nas praias, sobrevoando-as. Os assaltos aerotransportados devem estar integrados em ataques anfíbios mais convencionais, criando uma força com ampla variedade e capacidade.
MAGTF - Marine Air Ground Task Force: Força de Intervenção Aeroterrestre de Infantaria da Marinha, tem uma organização flexível, segundo as tarefas requeridas. O USMC - United State Marine Corpos é a única força armada em que existe uma estreita ligação entre as tropas em terra e o seu apoio aéreo;
MAW - Marine Air Wing: Força Aérea de Infantaria têm como tarefa prioritária dar apoio às tropas em terra e sua eficácia aumenta devido ao fato de que cada membro do Marine Corps recebe o mesmo treinamento básico como fuzileiro, antes de dedicar-se a alguma especialidade, como condutor, artilheiro ou piloto. A ala-padrão de aviação dos fuzileiros (MAW) é formada por 18 a 21 esquadrões com um total de 286 a 315 aeronaves, caças de ataque (F/A-18 Hornet) passando pelos aviões de ataque médio (AV-8B Harrier) e por um esquadrão de aviões-tanque (KC-130 Hércules) e de transporte (C-130 Hércules), bem como os esquadrões de helicópteros (AH-1, CH-53, CH-46, UH-1, UH-60), sem contar os de guerra-eletrônica, de observação e reconhecimento;
MEU - Marine Expeditionary Unit: Unidade Expedicionária de Infantaria da Marinha é um batalhão suficientemente potente para levar a cabo a maioria das missões de busca, salvamento ou pacificação;
MEF - Marine Expeditionary Force: Força Expedicionária de Infantaria da Marinha é a maior formação que os Marines podem pôr em ação, e normalmente está estruturada em torno de um divisão completa. Antes da Guerra do Golfo, considerava-se altamente improvável que uma MEF viesse a ser utilizada - exceto na eventualidade de uma Guerra Mundial.
MEB - Marine Expeditionary Brigade: A Brigada Expedicionária de Infantaria da Marinha é uma unidade intermediária entre a pequena MEU e a enorme MEF, em muitos aspectos a formação fundamental dos Marines em tempos de guerra. Na terminologia militar americana, uma brigada é um agrupamento com uma orgânica especial, integrada, organizada e treinada como uma força independente. Uma Brigada de Marines, bem como uma Divisão de Marines, é consideravelmente maior que uma formação terrestre similar. Como se trata de uma formação de Marines, está formada em torno do tradicional ponto forte deste corpo: os fuzileiros. Cada Brigada é contituída por três batalhões de infantaria, uma potente unidade anticarro e uma unidade antiaérea. O aspecto mais significativo, que a diferencia das outras, é dispor do seu próprio apoio aéreo integral.
APOIO AÉREO
Tipicamente, um Marine Air Group (Grupo Aéreo de Infantaria da Marinha) é encarregado de apoiar umaMEF - Marine Expeditionary Force. O Marine Air Group é uma potente formação apoio com um sistema de controle e comando aeroterrestre completamente automatizado. Este sistema, um dos mais avançados do mundo, garante que a Brigada possa pedir a intervenção aérea exatamente quando e onde quiser. A força nominal de um grupo de é de 146 aparelhos, 68 dos quais, helicópteros. Oito CH-53 Super Staillion proporcionam a capacidade de transporte pesado para a MEB enquanto que o papel de "canhoneiras voadoras" é realizado por 24 AH-1T SeaCobra ou AH-1W SuperCobra. Estes podem utilizar uma grande variedade de armas, que vão desde o canhão Gatling de 20 mm posicionado debaixo do nariz, até mísseis anticarros TOW e Hellfire ou foguetes ar-terra. O grosso da força de helicópteros é constituído pelos Boeing Vertol CH-46 Sea Knight. Este helicóptero birrotor pode levar até 25 soldados totalmente equipados, ou 3 t de carga. Os Marines estão subistituíndo-os pelos V-22 Osprey, consideravelmente mais rápido e com maior alcance.
APOIO IMEDIATO
Os Marines em terra também podem pedir apoio muito mais consistente. O segmento aeronáutico de Marine Air Group compreende três esquadrões de Mc Donnell Douglas F/A-18 Hornet e 20 AV-8B Harrier II. Os Hornet são aviões de ataque ao solo muito eficazes e podem atuar como caças.
Operam geralmente em superporta-aviões da U.S. Navy, que apóiam as tropas em terra com Hornet, Intruders e Tomcats da U.S. Navy. Os Harrier estão embarcados nos navios de assalto anfíbio, apesar de que, na Guerra do Golfo, operaram freqüentemente em campos de aviação situados perto das linhas de frente.
A U.S. Navy tem a maior frota de navios de assalto anfíbio do mundo, com a missão de desembarcar as unidades dos Marines onde sua intervenção seja necessária.
As unidades de assalto anfíbio polivalente da categoria "Tarawa" e "Wasp", cada uma com um deslocamento de 40.000 t podem desembarcar 1.900 soldados totalmente equipados. Além destes, os porta-helicópteros da categoria "IwoJima" podem levar um numeroso contigente.
Essas três categorias de navios podem embarcar um número considerável de aviões, helicópteros ou ambos, e os AV-8B. Uma frota de assalto anfíbio típica é composta por cinco ou seis navios de assalto e unidades especiais de desembarque, tanto para veículos blindados, como os da categoria "Newport", ou embarcações de desembarque, LPD ou LSD, equipadas com porões inundáveis, como as "Whidbey Island", "Austin" ou"Raleigh". Essas unidades não dispõem de aviões, mas têm plataformas de vôo que permitem operar simultaneamente até quatro helicópteros.
ATAQUE NO DESERTO
As unidades dos Marines estiveram intensamente envolvidas no Kuwait durante a Guerra do Golfo, como forças convencionais blindadas e como uma grande ameaça anfíbia.
Sea Stallion: Os CH-53E dos Marines são os helicópteros mais potentes que se fabricam, á exceção dos russos.
Cargas pesadas: Desenvolvido a partir do CH-53 Sea Stallion do tempo do Vietnã, o Super Stallion pode transportar 55 soldados equipados.
Mar de areia: As operações no deserto apresentam dificuldades específicas; foram necessários dispositivos especiais para evitar que os mecanismos fossem afetados pela areia, que se infiltra por todos os cantos.
Apoio logístico: Com as suas 16 t de carga útil, o CH-53 de transporte pesado provou ser um precioso meio para abastecer as tropas na linha de frente.
Escolta: A experiência do Vietnã demostrou que os helicópteros são muito vulneráveis a o fogo antiaérreo. As "canhoneiras voadoras" Cobra dos Marines, armadas com canhões, foguetes e mísseis TOW e Hellfire, são usadas para escoltar os transportes.
Destruidor de carros: Cedo se percebeu que a ameaça terra-ar iraquiana tinha sido aniquilada, e a missão dos Cobra foi alterada para caçadores de veículos e carros de combate iraquianos.
ARMAS E EQUIPAMENTOS
A característica particular, que domina a doutrina tática dos fuzileiros norte-americanos, está na ênfase sobre o princípio de ação ofensiva, aplicada a todos os aspectos de suas atividades. Essa índole tem efeito fundamental no modo como o USMC é equipado. Os fuzis M-16A2 é o armamento básico de infantaria, enquanto cada grupo de combate (constituído de 13 homens) possui um fuzil automático M249 de 5,56 mm, arma automática de esquadra (SAW), para a equipe de atiradores.
A companhia de apoio tem também um pelotão de metralhadora pesada com oito equipes de atiradores, cada uma delas tripulando um veículo equipado com uma HMG de 12,7 mm (.50) e a "metralhadora" (na verdade, um lançador de granadas) Mk 19 de 40 mm. morteiro de 81 mm.
A artilharia conta com M198 de 155 mm. A aviação do USMC é equipada com caças F/A-18 e AV-8B e helicópteros do tipo CH-53, CH-46, UH-1 e AH-1W de ataque. Os USMC contam também com os modernos tanques M1 Abrams e M3 Bradley.
HISTÓRICO DE COMBATE DO USMC - U.S. MARINES CORPS
1846 a 1848 / México: Marines ocupam as fronteiras do México por causa da anexação, pelos EUA, da República do Texas.
1890 / Argentina: Tropas americanas desembarcam em Buenos Aires para defender interesses econômicos americanos.
1891 / Chile: Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas.
1891 / Haiti: Tropas americanas debelam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA.
1893 / Hawaí: Marinha enviada para suprimir o reinado independente e anexar o Hawaí aos EUA.
1894 / Nicarágua: Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês.
1894 a 1895 / China: Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa.
1894 a 1896 / Coréia: Tropas permanecem em Seul durante a guerra.
1895 / Panamá: Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana.
1898 a 1900 / China: Tropas ocupam a China durante a Rebelião Boxer.
1898 a 1910 / Filipinas: As Filipinas lutam pela independência do país, dominado pelos EUA (Massacres de Balangica, Samar, Filipinas - 27/09/1901 e Bud Bagsak, Sulu, Filipinas -11/15/1913) - 600.000 filipinos mortos.
1898 a 1902 / Cuba: Tropas sitiaram Cuba durante a Guerra Hispano-Americana.
1898 / Porto Rico: Tropas sitiaram Porto Rico na Guerra Hispano-Americana, hoje "Estado Livre Associado".
1898 . . . / Guam: Marinha americana desembarca na ilha e mantêm base naval até os dias de hoje.
1898 / Guerra Hispano-Americana: Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência mundial.
1898 / Nicarágua: Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur.
1899 / Samoa: Tropas desembarcam em conseqüência de conflito pela sucessão do trono.
1899 / Nicarágua: Tropas desembarcam no porto de Bluefields (2ª vez).
1901 a 1914 / Panamá: Marinha apóia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção.
1903 / Honduras: Fuzileiros Navais desembarcam e intervem na revolução hondurenha.
1903 a 1904 / República Dominicana: Tropas invadiram para proteger interesses americanos durante a revolução.
1904 a 1905 / Coréia: Fuzileiros Navais desembarcaram durante a Guerra Russo-Japonesa.
1906 a 1909 / Cuba: Tropas desembarcam durante período de eleições.
1907 / Nicarágua: Tropas americanas invadem e impõem a criação de um protetorado na Nicarágua.
1907 / Honduras: Fuzileiros Navais desembarcam durante a guerra entre Honduras e a Nicarágua.
1908 / Panamá: Fuzileiros Navais são enviados durante período de eleições panamenhas.
1910 / Nicarágua: Fuzileiros Navais desembarcam pela 3ª vez em Bluefields e Corinto.
1911 / Honduras: Tropas dos Fuzileiros Navais são enviadas para proteger interesses americanos durante a guerra civil.
1911 a 1941 / China: Marinha e tropas dos Fuzileiros Navais são enviadas durante período de repetidos combates.
1912 / Cuba: Tropas são enviadas para proteger interesses americanos em Havana.
1912 / Panamá: Fuzileiros ocupam o país durante eleições.
1912 / Honduras: Tropas dos Fuzileiros Navais são enviadas para proteger interesses americanos no país.
1912 a 1933 / Nicarágua: Marines ocupam o país para combater guerrilheiros durante os 20 anos de guerra civil.
1913 / México: Marinha evacua cidadãos americanos durante a revolução.
1913 / México: Durante a revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas em apoio aos revolucionários.
1914 / República Dominicana: Marines lutam contra rebeldes em Santo Domingo.
1914 a 1918 / 1ª Guerra Mundial: Os Estados Unidos entram no conflito em 6 de abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens.
1914 a 1918 / México: Marinha e tropas dos Fuzileiros Navais intervem contra nacionalistas.
1915 a 1934: Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país num virtual protetorado americano, permanecendo durante 19 anos nessa situação.
1916 a 1924 / República Dominicana: Os Estados Unidos estabelecem um governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, permanecendo por lá durante 8 anos.
1917 a 1933 / Cuba: Tropas americanas desembarcam em Cuba, e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecem durante 16 anos.
1918 a 1922 / Rússia: Marinha e tropas de Fuzileiros Navais são enviadas para combater a Revolução Bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques.
1918 / Iugoslávia: Tropas intervem ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia.
1919 / Honduras: Fuzileiros Navais desembarcam no país durante as eleições hondurenhas.
1920 / Guatemala: Tropas navais ocupam o país durante uma greve operária.
1922 / Turquia: Tropas combatem nacionalistas em Smirna.
1922 a 1927 / China: Marinha e Exército são deslocados para a China, durante uma revolta nacionalista.
1924 a 1925 / Honduras: Tropas desembarcam duas vezes durante eleição nacional.
1925 / Panamá: Tropas enviadas para debelar greve geral.
1927 a 1934 / China: Mil fuzileiros desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante 7 anos.
1932 / El Salvador: Navios de Guerra são deslocados para El Salvador durante revolta FMLN comandadas por Marti.
1939 a 1945 / 2ª Guerra Mundial: Os Estados Unidos declaram guerra ao Japão em 8 de dezembro de 1941, depois do ataque à base de Pearl Harbor. As perdas americanas chegaram a 300 mil homens.
1946 / Irã: Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã.
1946 / Iugoslávia: Presença da marinha na zona costeira em resposta à aeronave americana abatida.
1947 a 1949 / Grécia: Operação de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos garantem vitória da extrema direita nas "eleições".
1947 / Venezuela: Em um acordo com os militares nativos, os Estados Unidos derrubam o presidente Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado para os americanos.
1948 a 1949 / China: Fuzileiros apóiam a evacuação de cidadãos americanos antes da vitória comunista sobre os nacionalistas na China.
1950 / Porto Rico: Marines ajudam a esmagar rebelião de independência em Ponce.
1951 a 1953 / Coréia: Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Os Estados Unidos são um dos principais protagonistas, através das Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-ocidente ao sul. Os Estados Unidos perderam 33 mil homens nesse conflito.
1954 / Guatemala: Fuzileiros navais americanos, sob controle da CIA, derrubam Arbenz, democraticamente eleito, e impõem o Coronel Armaz no governo. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a Reforma Agrária.
1956 / Egito: Nasser nacionaliza o canal de Suez. Durante os combates no Canal, a Sexta Frota dos EUA evacua 2.500 americanos que viviam na região e obriga a coalizão franco-israelense-britânica a retirar-se do canal.
1958 / Líbano: Marinha apóia exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil.
1958 / Panamá: Tropas contem manifestantes nacionalistas.
1961 a 1975 / Vietnã: Aliados aos sul-vietnamitas, os americanos tentam impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente, participação americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico).
Em agosto de 1964, após ataques norte-vietnamitas ao destróier americano Maddox, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os Estados Unidos em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente.
A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldaram a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilha.
1962 / Laos: Militares ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao.
1964 / Panamá: Militares americanos mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira estrelada pela bandeira de seu país.
1965 a 1966 / República Dominicana: Trinta mil Fuzileiros Navais e pára-quedistas desembarcam em Santo Domingo para impedir a escalada comunista. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924.
1966 a 1967 / Guatemala: Boinas Verdes e Marines invadem o país para combater movimento rebelde.
1969 a 1975 / Camboja: Marines foram enviados para o Camboja, depois que a Guerra do Vietnã se expandiu ao Camboja.
1971 a 1975 / Laos: Estados Unidos dirigem a invasão sul-vietnaita bombardeando a região rural do país.
1975 / Camboja: 28 Marines foram mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro Mayaquez.
1980 / Irã: Na inauguração do terrorismo de estado desenhado pelo Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então.
1982 a 1984 / Líbano: Os Estados Unidos se envolveram nos conflitos do Líbano logo após a invasão do país por Israel - e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo foi um ato de terror, quando um carro bomba matou 241 fuzileiros navais.
1983 a 1984 / Granada: Após um bloqueio econômico de 4 anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha.
1983 a 1989 / Honduras: Tropas são enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira.
1986 / Bolívia: Fuzileiros Navais americanos auxiliam tropas bolivianas em incursões nas áreas de plantio de coca.
1989 / Ilhas Virgens: Tropas americanas desembarcam durante revolta popular.
1989 / Panamá: Batizada de "Operação Causa Justa", a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, um antigo aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.
1990 / Libéria: Tropas evacuam estrangeiros durante guerra civil.
1990 a 1991 / Iraque: Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, a OTAN e os Estados Unidos decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto".
As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo.
1990 a 1991 / Arábia Saudita: Tropas americanas destacadas para a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque.
1992 a 1994 / Somália: Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, foram à Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas (Força Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota.
1993 / Iraque: No início do governo Clinton, é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas, em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait.
1994 a 1999 / Haiti: Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas americanas ocuparam o Haiti para devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe. Além de restaurar a democracia e promover a paz, a operação visava evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos em busca de refúgio nos Estados Unidos.
1996 a 1997 / Zaire (Congo): Fuzileiros Navais enviados à área dos campos de refugiados Hutus onde a revolução congolesa iniciou.
1997 / Libéria: Tropas evacuam estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes.
1997 / Albânia: Tropas evacuam estrangeiros.
2000 / Colômbia: Marines e "assessores especiais" dos Estados Unidos iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico - fusarium axyporum (gás verde).
2001 / Afeganistão: Os Estados Unidos bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Começa a caçada ao terror com a invasão do país.
2003 / Iraque: Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os Estados Unidos iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos Estados Unidos de "Operação Liberdade do Iraque" e por Saddam de "A Última Batalha", a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro.